Drako reabre como Naturist Lounge & Coffeshop

Publicado a 6/06/20

Ricardo Bargão, 50 anos, é um artista multifacetado e proprietário do Drako, que vai reabrir com um novo conceito.

P: Que respostas aguardas das autoridades relativamente aos negócios da noite, como bares, discotecas e eventos?

R: Há um total desrespeito das autoridades por este sector de actividade. É pequeno no contexto global do país, é pouco coeso e está mal representado a nível associativo e não tem força política. A atitude do governo é: não há previsões, não há calendário de desconfinamento, quando fechar, fechou. Também já não há dinheiro para qualquer apoio suplementar antes que as bazucas europeias comecem a disparar para cá os previstos milhares de milhões. Além do mais é um sector que não é nem social, nem politicamento correcto. Ninguém vai admitir que vai para o Elefante Branco procurar uma Técnica de Entretenimento Nocturno, para Lux aditivar-se e dançar até cair ou ir ao Finalmente ver a Tia Dabby ou ir depois agasalhar um croquete no final de uma noite. O melhor é fazer o que sempre fez o poder político: ostracizar o divertimento nocturno.

P: Como achas que vai passar a ser a convivência nos lugares de diversão nocturna, a partir do momento em que estes abrirem?

R: Temos de aprender a viver com o vírus. Com as devidas cautelas e contenções medidas entre o bom senso e o cuidado individual… será quase o mesmo que na praia lotada, ou na Festa do Avante, ou no São João no Porto. Com alguns hábitos extra, temos de nos proteger protegendo os outros, mas não desistir de viver… é preciso muita música, festa e dançar até de madrugada. Haja alegria e boa onda.

P. O Drako vai reabrir. Como vai funcionar?

R: Decidimos ajustar um pouco o conceito do Drako Club. Estamos em obras de adaptação e reabriremos dia 10 de Junho, Dia de Portugal. Drako – Naturist Lounge & Coffeshop, de quinta a domingo das 15h às 23h. Não se deixem contagiar pelo medo! Tomem as devidas precauções sem deixar de viver. Lembrem-se que segundo a DGS, 96% dos infectados com covid-19 cura-se em casa sem qualquer intervenção hospitalar. Um terço dos municípios não teve um único infectado e a possibilidade de morrerem deste vírus se tiverem menos de 60 anos e nenhuma doença crónica complementar é praticamente nula: é mais fácil morrer engasgado com um croquetão fundo na garganta.

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