Amor é amor. A importância do autoconhecimento e da autodefinição

Publicado a 8/11/22

O autoconhecimento sexual e a autodefinição da identidade de gênero são aspectos importantes do exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a identidade de gênero é experimentada através de pensamentos, fantasias, gostos, atividades, práticas, papéis e relacionamentos que interagem com a forma interna em que cada pessoa vive. É parte da sexualidade.

A identidade de gênero está relacionada ao autoconhecimento e à autodefinição para ter uma sexualidade saudável. Isto permite viver uma experiência interna de gênero, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído ao nascimento. Por exemplo, algumas pessoas nascem com órgãos sexuais e reprodutivos femininos, mas sentem que são homens e vice-versa.

No entanto, a identidade de gênero não se limita apenas à percepção do feminino e do masculino. Uma grande diversidade de identidades gerou novas práticas e papéis, tais como garoto de programa SP, que procuram atender às necessidades de cada tipo de identidade de gênero. Skokka, um portal de anúncios classificados para adultos disponível em 27 países do mundo, é um dos espaços disponíveis para desfrutar e exercer livremente a sexualidade.

Identidade de gênero e seus tipos

O pesquisador especializado em LGBT+, Miguel Angel Flores, explica que a identidade de gênero é uma característica intrínseca da sexualidade humana. Ela está sujeita a múltiplas expressões, tais como masculina, feminina, trans, não binária, e outras. Em todos os casos, o processo de identidade sexual e autoconhecimento é fundamental para que cada pessoa se desenvolva na sociedade.

A identidade de gênero deve ser aceita e promovida para evitar a discriminação. Ela corresponde a como uma pessoa se identifica de acordo com seus próprios padrões de gênero, expressos na forma como interpreta este gênero.

Normalmente, as mulheres são consideradas femininas e os homens masculinos. Mas a identidade e a expressão são assumidas de diferentes maneiras:

  • Cisgênero: Esta identidade se refere a pessoas que se definem como homens ou mulheres, e esta identidade corresponde a seus genitais de nascimento.
  • Transgênero: Transgênero é uma pessoa cujo sexo não coincide com o sexo atribuído ao nascimento. Pode ser heterossexual, bissexual, homossexual ou assexual. Além disso, se houver uma transição dos órgãos reprodutivos, eles são chamados de transgêneros.
  • Andrógino: Uma pessoa com uma identidade que consiste de traços masculinos e femininos. Ela não limita seu comportamento ou expressão a um único gênero determinante.
  • Neutro: Uma pessoa com uma identidade que consiste tanto de traços masculinos quanto femininos: É uma identidade não composta de traços masculinos ou femininos. Ela é neutra em relação ao gênero.
  • Pessoas de Gênero não ajustado: Refere-se a Pessoas de Gênero Não-Expresso Ajustado. A identidade não está de acordo com a categoria tradicional de masculino ou feminino.
  • Não-binário: Gênero não binário é quando não há identidade de nenhum dos gêneros. Nem masculino nem feminino.
  • Gênero fluido: Este tipo de identidade de gênero depende das transições de cada pessoa através dos diferentes gêneros. Varia a identidade de acordo com cada etapa, incluindo o binarismo (masculino/feminino).
  • Bigênero: Uma pessoa que se identifica com dois gêneros. Pode identificar-se com um em maior grau do que com o outro.
  • Pangênero: é a identificação de todos os rótulos de gênero existentes.

No processo de identidade de gênero, a expressão está envolvida. Além disso, as práticas que permitem vivenciar esta identidade e sexualidade são indispensáveis, como a visita a um garoto de programa RJ. Eventualmente, as pessoas descobrem suas preferências e como elas gostam de expressar sua identidade.

Como descobrir a identidade de gênero?

A aquisição da identidade de gênero começa aos três anos de idade. Devido às diferenças anatômicas entre os dois sexos, a criança já formou um autoconceito (sabe que sexo é e que gênero é). É um processo gradual que é permeado por elementos socioculturais, religiosos e familiares, como a atribuição de papéis desde uma idade precoce.

Aos seis anos de idade, a maioria das crianças compartilham laços e momentos com outras crianças do mesmo sexo. Elas praticam atividades comuns e usuais para cada sexo, embora existam crianças interessadas em outras práticas “socialmente” destinadas ao sexo oposto. É na adolescência, quando elas tendem a experimentar práticas relacionadas à sexualidade, que se conhecem e se definem com identidades de gênero específicas.

A socialização saudável é a chave para poder dedicar tempo ao autoconhecimento de uma forma segura. A informação também pode orientar os adolescentes a encontrar as respostas de que necessitam, portanto, a educação sexual é essencial para alcançar uma identidade formada.

É essencial reconhecer que informações acessíveis não encorajam ninguém a escolher uma identidade de gênero ou orientação sexual; elas ajudam a dar um nome às preocupações experimentadas. As pessoas que não têm a oportunidade de conhecer a si mesmas com a informação correta e o ambiente propício tendem a ter problemas de autoestima e saúde mental, tais como depressão ou ansiedade, que não influenciam sua identidade de gênero.

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Formas de viver e expressar a identidade de gênero

Durante a infância, a identidade de gênero é expressa através de jogos, brinquedos, esportes e outras atividades. Entretanto, os adultos estão mais interessados em diferentes formas de viver e expressar essa identidade, desde roupas ou penteados, nomes ou apelidos, maquiagem, grau de doçura ou dominância, modos, estilo de conduta, gestos físicos e outras ações não-verbais.

Ao mesmo tempo, as pessoas buscam novas experiências e práticas sexuais com parceiros, amigos, acompanhantes masculinos, massagistas ou outros que reafirmam sua identidade de gênero. Desta forma, elas podem ter certeza do que gostam e como.